sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Pensos higiénicos de mentol

Este fim de semana convidei o Pessoa para ir fazer o jantar a minha casa. Éramos para ser mais, mas acabamos por ficar a jantar só os dois porque o resto do pessoal cortou-se. Não vou tecer comentários...
Quando estava à espera que o Pessoa chegasse com as compras do super mercado apercebi-me que já não tinha mais pensos higiénicos e então mandei-lhe uma sms a pedir para ele me comprar pensos, caso ainda estivesse no super mercado.
Mandei-lhe a marca, o tamanho e expliquei-lhe que queria com abas. Não havia como enganar...ou pelo menos eu pensei que não...
Moral da história: há coisas que, simplesmente, não se pedem ao Pessoa!

Onde: esplanada a seguir à hora do almoço.
Quem: Dayse Priscilla (yup...isso mesmo que acabaram de ler) e eu.

Dayse Priscilla: Tão? Como foi o jantar com o Pessoa?
Eu: Normal. Jantamos e depois vimos um filme.
Dayse Priscilla (com malícia): Enroscados?
Eu: Nop...Comemo-nos à bruta no chão da sala!
Dayse Priscilla (com os olhos a saltarem-lhe das órbitas): NÃO!
Eu (a rir): Claro que não, sua estúpida! 
Dayse Priscilla (a rir com ar de quem sabe): Hás-de cá vir...e havemos de falar!
Eu: Por falar nisso, pedi ao Pessoa para me comprar pensos higiénicos...
Dayse Priscilla (interrompendo-me): És uma romântica...
Eu: Sou! Mas estava eu a dizer, pedi-lhe para ele me comprar pensos e esta manhã, porque já tinham acabado os que eu lá tinha, usei um dos que ele tinha comprado. Não eram a marca que eu normalmente uso, mas caguei para essa cena. São pensos, certo?
Dayse Priscilla (concordando): Hum.
Eu: Pois, foi o que eu pensei! Mas quando vinha para o trabalho esta manhã comecei a sentir uma cena no meio das pernas...
Dayse Priscilla: Uma cena?
Eu: Sim, um frescor que vinha por mim acima. Não dava para ficar indiferente! Vai daí, quando cheguei ao trabalho, fui à casa de banho e saquei dos outros pensos que tinha metido na mala...não é que aquela merda é mentolada?
Dayse Priscilla: Jura!
Eu: Até te prometo! Liguei ao Pessoa e perguntei-lhe que merda era aquela! Não é que ele tinha propositadamente comprado aquela cena porque achou que eu assim iria andar mais fresca?
Dayse Priscilla (entre roncos e gargalhadas): Só o Pessoa!
Eu: Não me digas nada! Nunca estive tão consciente das minhas partes baixas como hoje! É desconcertante! Parece que chupei um Halls pelo sitio errado!
Dayse Priscilla: A sério? Arranja-me um!
Eu: Um Halls?
Dayse Priscilla: Não, um penso!
Eu: Estás com o período?
Dayse Priscilla (a rir): Nem por isso!

 


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Morrer de tédio e relações abertas

Dúvida existencial #1: é possível morrer de tédio e relações abertas?

Por Deus e São Jorge (como diz a Nicó) espero bem que não, senão estou f0&/&@ e, infelizmente, não pela parte das relações abertas....Ao menos sempre era alguma emoção!
Sabem quando não vos apetece fazer nada e não têm nada para fazer, mas mesmo que tivessem não queriam? Ok. Estou num dia desses. E não estou sozinha!
A Miúda e a Cotovia estão comigo. Mais a Miúda que a Cotovia...

Onde: local de trabalho a seguir ao almoço
Quem: Miúda, Cotovia e eu.

Miúda (a cantar com feeling): Põe tua mão... aonde?... na mão do meu senhor da Galileia...
Cotovia e eu (aos roncos e em simultâneo): AHAHAHAHAHAH!
Miúda: O que foi?
Cotovia: Muito bom esse falsete do "aonde?".
Eu: Tou a morrer de tédio...Quero ir para casa e morrer lá.
Miúda: Não me digas nada.
Eu: Ok. Não digo.
(5 excruciantes minutos depois em que continuamos a olhar para os monitores dos nossos computadores em silêncio)
Eu: Olhem, o que é que vocês acham das relações abertas?
Cotovia: Uau! De onde é que isso veio?
Eu: Estou profundamente entediada e este pareceu-me um tema tão bom como outro qualquer e, atento o carácter sexual, pode ser que o pessoal espevite.
Miúda: Conheces alguém que tenha uma relação aberta?
Eu (virando-me para a Cotovia): Vês? Não, mas conheço alguém que conhece alguém que já teve uma relação aberta.
Cotovia: E que tal era?
Eu: Boa para ele e uma merda para ela, porque na verdade era só semi-aberta. Para o lado dele.
Miúda: Portanto, ele estava aberto ao que aparecesse e ela não?
Eu: Mais ou menos isso.
Miúda: Ainda bem que o Passos Coelho ainda não se lembrou de cobrar imposto sobre a estupidez...
Eu: Ahahah!
Miúda: Estou a morrer de tédio.
Eu: Não me digas nada...


terça-feira, 26 de agosto de 2014

É do sovaco!


Onde:  Mar da Tranquilidade, ao lado da segunda cratera. Sim, na Lua!
Quem: Nicó e eu


Nicó (convicta): Chateia-me a falta de lógica das pessoas no que toca a expressões!
Eu: Hum?
Nicó: Ó pá, sim! Chateia-me!
Eu: Estamos a falar de quê, concretamente?
Nicó: Estamos a falar das merdas que as pessoas dizem - e que não pensam - só porque sim. Porque toda a gente diz!
Eu: Ok. Mas o quê em concreto?
Nicó: Sei lá, olha! Tipo aquela cena do agarrar na orelha e dizer "É daqui!" quando se quer dizer que uma coisa é saborosa! Mas faz algum sentido?
Eu: Ahahah!
Nicó: Mas isso lá mete algum jeito?
Eu: Ahahahah!
Nicó: Irrita-me! Juro por Deus! Por que razão é o lóbulo da orelha chamado para atestar a qualidade gastronómica dum alimento? Porquê?
Eu: Não sei! Mas porque é que isso te irrita tanto?
Nicó: Irrita-me, pronto! Não tem lógica! Olha, só por causa das coisas, quando uma coisa for boa, vou começar a dizer que é do sovaco! Este bolinho é do sovaco!
Eu: Do sovaco? Ahahahah!
Nicó (imitando o gesto): Porque não? Tem tanta lógica como "ser daqui"! Por Deus e São Jorge!


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Caixa Prioritária

Este fim de semana quando fui às compras ao super mercado ouvi a seguinte conversa na caixa ao lado da minha. Era a caixa prioritária para grávidas e pessoas com deficiências (é politicamente correcto dizer isto? Hum...):

Senhor Sem Mão: Desculpe, minha senhora, mas esta caixa é prioritária para grávidas, pessoas com deficiências...
Senhora à Frente Do Senhor Sem Mão (sem dar hipótese ao Senhor Sem Mão de acabar a sua frase): Eu estou grávida!
Senhor Sem Mão (levemente irritado): Não parece!
Senhora à Frente Do Senhor Sem Mão (na boa): Peço imensa desculpa pelo facto de ainda não se notar. Para a próxima vou pedir ao meu marido que me engravide de gémeos para lhe fazer o jeito.
Senhor Sem Mão (a resmungar para o ar):  Eu pensava que havia controle nestas coisas, mas afinal qualquer pessoa pode dizer que está grávida...
Senhora à Frente Do Senhor Sem Mão: Eu também pensava que havia controle e que a fila era para grávidas e deficientes motores, não deficientes mentais!


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Ainda sobre o hemorroidal...


Confesso!
Fiquei a pensar na hemorróida do Alf! Não é uma coisa que se queira ficar a pensar, mas a verdade é que fiquei. E fui googlar a coisa e descobri que há montes de remédios caseiros para as hemorróidas. E também telefonei à minha tia (aquela que anda sempre com a pomada atrás) e já sei que pomada é que ela usa!
E, claro, falei com o Alf sobre isso...

Onde: Gtalk
Quem: Alf e eu

Eu: Hei! Estás aí?
Alf: Não!
Eu: Lol! Olha, já sei de remédios para a tua hemorróida.
Alf: Tão?
Eu: A minha tia diz que agora usa uma pomada chamada Anusol. Também há supositórios, se preferires! :)
Alf: Anusol? Anusol? Mas quem é que pensa nos nomes para essas merdas?
Eu: Hum, os senhores do marketing e publicidade?
Alf: E não conseguem arranjar melhor que Anusol?
Eu: Eu por acaso não desgosto. Se fosse a minha hemorróida eu provavelmente até escolhia esta pomada. O nome é alegre.
Alf: Sim, se vais por alguma coisa no cu ao menos que seja alegre...lol.
Eu: Parvo! Tens ideias melhores?
Alf: Por acaso até tenho! Olha, Culivre, por exemplo. Vai directo ao assunto e não se põe cá com merdas. Ou Rabossão, pela mesma lógica.
Eu: LOL! Já te estou a imaginar a ir à farmácia e pedir: "Faz favor, era uma embalagem de Rabossão!". 
Alf: Até parece que Anusol é muito melhor. Ao menos assim soa a coisa de macho!
Eu: Lol! Dê-me uma embalagem de Rabossão para eu pôr no cu! Lol, muito macho, sem dúvida!
Alf: Lol! Olha e mais? Só tens essa?
Eu: Ui, não! Também pesquisei remédios caseiros! Pelos vistos diz que faz muito bem banho de assento com castanha da Índia.
Alf:??????
Eu: Ó pá, queres saber ou não?
Alf: Não sei se quero...
Eu: Eu digo na mesma. Então é assim: pões 5 colheres de sopa de castanha da Índia em pó em 2 litros de água a ferver e esperas que a água amorne e depois sentas-te lá dentro!
Alf: Dentro do quê?
Eu: Da água com a castanha. Pões a cena num bidé ou num alguidar onde o teu rabo caiba e ficas lá sentado durante 5 minutos.
Alf: Não sei se quero...
Eu: Bom, o rabo e a hemorróida são teus! Faz como quiseres!
Alf: E que o raio é castanha da Índia?
Eu: Não faço a mínima ideia, mas presumo que sejam castanhas que vêm da Índia...Ou que são cor de caril.
Alf: Lol!


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A insustentável leveza das hemorróidas

Vou começar por dizer que eu tenho amigos diferentes, pessoas especiais, únicas, com um nível de elevação ímpar, que fogem à banalidade e à normalidade ... Hum... que se lixe!


Onde: mais uma esplanada, mas agora ao fim da tarde
Quem: Alf e eu



Alf: Tou com um problema.
Eu: Tão? Que se passa?
Alf (suspirando): Promete que não te ris...
Eu (a rir): Conta...
Alf (já chateado): Já estás a gozar!
Eu (séria...ou melhor, a tentar fazer cara séria): Não estou nada! Conta!
Alf: Acho que tenho uma hemorróida.
Eu: A sério?
Alf: Ó pá, sim!
Eu: Isso é chato! Dói?
Alf: Não! Faz cócegas!
Eu: A sério?
Alf: Claro que não! Mas faz comichão e dói.
Eu: Tens a certeza que é uma hemorróida?
Alf: Certeza, certeza, não tenho. Nunca vi nenhuma a não ser esta...
Eu (que entretanto o interrompi): Viste-a? Como viste-a?
Alf (meio a rir): Ó pá, pus um espelho e vi...
Eu (a rir): Não posso! E como é?
Alf (tirando uma caneta do bolso e pegando no meu caderno de notas): Mais ou menos assim...
(ver imagem deste post)
Eu: Isso não se parece com nada... Espera, a tua hemorróida parece um sol?
Alf: Isso é o buraco do cu!
Eu: O teu buraco do cu parece um sol?
Alf: Não estás a perceber o que é o quê (suspiro)! Isto aqui é o buraco do cu e esta ceninha aqui é a hemorróida. Ou pelo menos eu acho que é.
Eu: Continuo na parte do sol...
Alf: Esses riscos são os pêlos do cu!
Eu: Ahhhhh!
Alf: Achas que tenho de ir ao médico?
Eu: Mostrar o cu?
Alf (sarcasticamente): Não, mostrar a hemorróida!
Eu: Então tens de mostrar o cu!
Alf (exasperado): Porque é que queres tanto que eu mostre o cu?
Eu: Eu não quero que mostres o cu! Mais vais ter de mostrar, visto que a hemorróida está no cu!
Alf: E se eu não quiser mostrar o cu?
Eu: Não vais ao médico! Vais à farmácia e compras pomada!
Alf: Qual pomada?
Eu: Não sei o nome, mas sei que tem um aplicador que parece uma seringa de farturas.
Alf (assustado): O quê?
Eu: Ah pois é! Tem assim um bico que tens de enfiar no cu e pôr a pomada...
Alf: Tás a gozar!
Eu: Juro-te que não! Tenho uma tia que andava sempre com a pomada atrás...
Alf: Eu não vou meter nada no cu! Aquela merda é cá fora!
Eu: Mas começa lá dentro, portanto tens de meter a pomada lá dentro!
Alf: Não ponho! Tu não mandas em mim!



quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Porquê Mousse de Mosca?


Acredito que, como eu, vocês também tenham dias assim; dias em que acordam e, simplesmente, só vos apetece dizer: puta-que-pariu!

E só há duas coisas que se podem fazer em dias assim: ou nos enfiamos debaixo da cama a gritar ou começamos a escrever um blogue. Eu optei pelo blogue porque a minha cama tem gavetas e, portanto, a primeira opção não era viável e também porque o meu chefe não ia achar piada se eu não pusesse os cotos no trabalho hoje (ou em qualquer outro dia em que supostamente deva ser paga para tal).

Esclarecida que está, então, a ideia do blogue, há que explicar o como e o porquê do nome (sim, porque um dia alguém vai querer saber isso).

Vamos começar pelo porquê: 
1) todos os outros nomes que me interessavam já estavam tomados (inclusivamente blogue sem nome);
2) o nome faz-me rir e, de certa forma, reflecte toda a panóplia (adoro esta palavra) de absurdidades que me passam pela cabeça e me saem pela boca fora a todo o momento;
3) o nome tem uma sonoridade engraçada desde que não visualizemos a coisa...ah, não resistiram, não é verdade? Estão a imaginar uma taça de mousse de mosca...
4) porque eu mando neste blogue e posso escrever nele tudo o que eu quiser!

E agora vamos explicar o como:

Onde: esplanada dum café a seguir ao almoço
Quem: Pessoa (havemos de lá chegar...) e eu

Eu: Decidi começar a escrever um blogue!
Pessoa (com um interesse quantificável em menos três): Ai sim? Sobre o quê?
Eu (toda entusiasmada): Sobre cenas. Coisas que me passam pela cabeça. A minha vida. Conversas. Merdas. Cenas. Sei lá!
Pessoa (ainda com o mesmo entusiasmo e sem mudar o tom de voz): Ena, que original!
Eu (levemente indignada): Eu não disse que ia descobrir a cura para o cancro...Vou só escrever um blogue sobre mim!
Pessoa (ligeiramente mais interessado): Ena! Vais, portanto, aliar a falta de originalidade à banalidade! Vai ser um sucesso! 
Eu: E ires à merda, não?
Pessoa (a rir...o sacana): E como se vai chamar o blogue?
Eu: Pois, essa parte é que ainda não sei. Os nomes que eu gosto já existem...Tens alguma ideia?
Pessoa (assim do nada e sem mais): Mousse de Mosca!
Eu (aos roncos e de forma muito pouco ladylike): Ahahahahah (ronc) ahahahaha (ronc)! É isso mesmo!
Pessoa (espantado): A sério?
Eu: Sim! É isso mesmo!
Pessoa: Já visualizaste?
Eu: Não...nem tenciono. Gosto só da sonoridade e do absurdo da coisa!
Pessoa (com a cabeça de lado e meio sorriso no focinho): É...assenta-te bem!