segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Ode à Prisão de Ventre


Agora que toda a gente já teve tempo de se actualizar e ler os posts do Mousse de pois de uma semana de inactividade resolvi dar-lhe com força na poesia!

ODE À PRISÃO DE VENTRE

Ó desgraça, ó tortura, ó obstipação maldita,
Que me faz sentar horas a fim na sanita
Sem que de mim saia uma mísera caganita!
Enfardo fibras, frutas e rios de verdura, 
Mas em vão, porque nada me traz a soltura
Que iria por fim à minha intestinal tortura!
Ó tripa vil e preguiçosa
Deixa de ser manhosa
E espraia a tua carga mal-cheirosa!
Sim! Porque isto não são rosas, senhores,
Aliás, depois de tão prolongados estertores,
Não se esperem finos ou suaves odores!
Vai-te miserável obstipação,
Liberta-me desta prisão
Que eu não levarei a mal a perda
Mesmo porque é tão e somente merda!


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